terça-feira

Artigo de opinião publicado há um ano sobre os discursos no 25 de Abril em Nisa. Este ano as indicações foram as mesmas ...

"Presidente da Câmara impõe que Presidentes dos Partidos não falem"

É este o 25 de Abril que a CDU “democraticamente” oferece aos Nisenses. A porta-voz dá-lhe o devido seguimento, e no fim espalham-se os sorrisos. Lança-se o chavão através das letras, “trabalho, honestidade, competência”, e as intenções seguem para o exterior. Fica só a faltar o resto: tudo.

A história já vem detrás, mas ainda que os responsáveis políticos concelhios tenham que reunir a maior paciência e postura, e queiram poupar o Povo de quezílias improdutivas, são obrigados a colocar um “basta” atrás de um “basta”.

Dando como exemplo o mandato autárquico anterior, o Presidente da Assembleia Municipal de então, e com a legitimidade de o poder propor, tomou por iniciativa dar início a sessão da Assembleia Municipal, na véspera do 25 de Abril, para a interromper neste mesmo dia, e dar-lhe seguimento e concluir a mesma com a Sessão Solene Evocativa do dia seguinte e os respectivos discursos. Para esses discursos eram convidados representantes dos partidos na Assembleia Municipal, até por se encontrarem ainda no decorrer da própria reunião. Até aqui tudo bem, era legítimo, honroso e coerente.

Mas não é isso que se passa nesta altura. Essa obrigatoriedade de serem membros da Assembleia Municipal a realizarem os discursos já ocorreu, por imposição, sem alguma sessão da Assembleia Municipal estar a decorrer, mas já chegamos ainda ao mais ridículo e antidemocrático, como ocorreu no ano transacto, de nem ser dada oportunidade aos partidos, que não estão no poder, de poderem participar activamente, com intervenções, na respectiva Sessão Solene Evocativa.

Desta vez a Concelhia de Nisa do PS recebeu uma chamada do Gabinete da Presidente da Câmara, onde a mesma convidava o Presidente da Concelhia a escolher um elemento da Assembleia Municipal a fazer o respectivo discurso. Ou seja, em Nisa, nas Comemorações do 25 de Abril, onde as instituições políticas deveriam ser isenta e democraticamente chamadas a participar, é a Presidente da Câmara que impõe aos representantes legítimos dos partidos, quem são as “partes” que deverão fazer discurso no 25 de Abril. Tenta assim sanear a liberdade de expressão e a autoridade legítima de cada um dos Presidentes das respectivas Concelhias, obrigando a que seja um outro membro qualquer do partido, que lhes seja alternativa, a usar da palavra. Como os Presidentes das Concelhias não são membros da Assembleia Municipal (mas até já foram), afastam-se os problemas.

O PS até compreende que isso dê um certo jeito à CDU, numa altura em que é necessária uma “substituição” de protagonistas, e que a Presidente da Câmara, desgastada, não tenha tempo ou paciência para luta político-partidária. Mas os socialistas não seguem orientações de outros, nem se “baixam” a imposições ilegítimas e antidemocráticas.

Para além do Presidente actual da Concelhia, ninguém melhor poderia representar condignamente o PS nestas comemorações, do que o nosso Presidente da Assembleia Municipal, João Santana, eleito pelo PS, ou o anterior Presidente da Concelhia de Nisa do PS, Joaquim Costa, que tão honrosamente é homenageado na Sessão Evocativa, ambos membros da actual Comissão Política Concelhia de Nisa, para além de todos os restantes eleitos locais presentes, do Município às Freguesias, que de forma tão dedicada trabalham para as suas populações.

A conclusão é assim muito simples, com base nos três “D’s”: precisamos de muito mais “Democracia” no nosso concelho, estamos sedentos que o termo “Desenvolvimento” finalmente nos chegue à porta, e temos solução para que isso aconteça: queremos a “Descolonização” dos responsáveis da CDU do concelho de Nisa, pois o progresso está logo ao dobrar da esquina.

Viva o 25 de Abril!

[Publicado na edição de 27 de abril de 2012 do Jornal de Nisa (n.º 36, II Série)]

sábado

XIX Congresso Nacional do PS - Discurso de António José Seguro (26-04-2013, arranque dos trabalhos)

Será que temos alguma surpresa para breve sobre a localização da Sede Nacional do PS?


XIX CONGRESSO NACIONAL DO PS, Abril de 2013, em Santa Maria da Feira!
 
XVIII CONGRESSO NACIONAL DO PS, Setembro de 2011, em Braga!
 
XVII CONGRESSO NACIONAL DO PS, Abril de 2011, em Matosinhos!
 
XVI CONGRESSO NACIONAL DO PS, Fevereiro e Março de 2009, em Espinho!

Secretário-geral do PS reeleito com 96% dos votos!


Os militantes do Partido Socialista renovaram ontem a confiança em António José Seguro, com um resultado de 96% nas eleições directas que se realizaram ontem por todo o país e nas Comunidades Portuguesas no estrangeiro.

Resultados apurados pela Comissão Organizadora do XIX Congresso Nacional do Partido Socialista.
Total de secções: 790
Secções apuradas: 736
Secções por apurar: 54
Militantes com capacidade eleitoral: 43034
Participação até ao momento, nas 736 secções apuradas: 62,1%, 26725 militantes.
 
Candidatura a Secretário-geral
Lista A: António José Seguro, "Portugal tem Futuro" – 24843 votos – 96,53%
Lista B: Aires Pedro, "Refundar o PS pelo Futuro de Portugal" – 892 votos – 3,46%
Votos brancos: 687
Votos nulos: 303
Delegados eleitos
Lista A: António José Seguro, "Portugal tem Futuro" – 1702 delegados – 99,30%
Lista B: Aires Pedro, "Refundar o PS pelo Futuro de Portugal" – 12 delegados – 0,70%
Delegados por apurar: 88
 
Candidatura a Presidente do Departamento Nacional de Mulheres Socialista Militantes com capacidade eleitoral: 15370
Secções por apurar: 70
Lista A: Isabel Coutinho, "Tod@s Diferentes Somos Iguais" – 5557 votos – 74,85%
Lista B: Graça Fonseca, "Novas Ideias em Ação" – 1870 votos – 25,15%
Brancos: 305
Nulos: 66
Comissão Política do Departamento Nacional de Mulheres Socialista
Lista A: Isabel Coutinho, "Tod@s Diferentes Somos Iguais" – 5038 votos – 74,84%
Lista B: Graça Fonseca, "Novas Ideias em Ação" – 1693 votos – 25,16%
Brancos: 339
Nulos: 86

Partiu Mário Carrilho Pereira Louro de Salavessa!


Mário Carrilho Pereira Louro, natural da Freguesia de Montalvão, em Nisa, digníssimo representante do Partido Socialista na localidade de Salavessa. Que descanse em paz!
 
Muito recentemente partiu também José de Matos Margarido, também natural da Freguesia de Montalvão. Ambos faziam parte da lista do Partido Socialista à Assembleia de Freguesia de Montalvão nas últimas eleições autárquicas 2009.
 
O Partido Socialista em Nisa associa-se e partilha com as famílias dos falecidos este momento de tristeza.

terça-feira

MOÇÃO DE CENSURA DO PARTIDO SOCIALISTA

Portugal vive um momento dramático sem paralelo na nossa história recente. Em violação dos seus compromissos eleitorais, o atual Governo tem vindo a prosseguir uma estratégia de empobrecimento do País, assente numa violenta política de austeridade "do custe o que custar" e numa agenda ideológica ultraliberal contra as funções sociais do Estado. Os resultados estão à vista de todos.

• O desemprego atinge valores nunca vistos. Há 942 mil desempregados e todos os dias há mais portugueses que perdem o seu emprego;

• A economia está no terceiro ano consecutivo em recessão profunda (-3,2% do PIB, em 2012);

• A dívida pública continua a aumentar (em 2012, passou de 108% para 123,6% do PIB; um aumento superior a 20 mil milhões de euros);

• O défice orçamental falha sistematicamente as metas estabelecidas (em 2012, será de 6,4% face aos 4,5% previstos, um desvio superior a 3,2 mil milhões de euros).

As previsões já conhecidas apontam para o aprofundamento da crise nos próximos anos: mais desemprego (a caminho do milhão de desempregados), menos economia (mais do dobro da recessão prevista pelo Governo, no orçamento de estado para este ano), mais dívida pública e aumento do défice orçamental em relação ao estabelecido.

Vive-se um sentimento de desesperança e até de desespero, perante a degradação da situação económica, social e financeira do país, mas sobretudo pela perda de confiança na capacidade do Governo em oferecer uma resposta credível para a saída da crise.

Esta situação resulta em grande medida das opções e dos erros do Governo. Num contexto difícil e exigente, o Governo rompeu todos os equilíbrios necessários à boa condução do país e do processo de ajustamento. Na economia, a opção da austeridade "custe o que custar" e da desvalorização interna provocaram a entrada numa espiral recessiva e a escalada do desemprego e da dívida. Na frente do diálogo político e social, a arrogância e a autosuficiência levaram ao afastamento dos diferentes partidos, a ignorar as vozes e alertas da sociedade civil, e à marginalização dos parceiros sociais. Na frente europeia, o radicalismo ideológico, a ausência de pensamento próprio e a falta de vontade levaram o Governo a abdicar da defesa sistemática das melhores soluções para o nosso país, quer ao nível do reforço da UEM, mas também na melhoria e adaptação do nosso programa de ajustamento.

Mas pior, perante a dramática realidade económica e social em que vivemos, e num quadro de completo isolamento político, o Governo concluiu, incompreensivelmente, que o país está na direção correta e que não há necessidade de correção na trajetória do nosso ajustamento.

O Governo nega a realidade, não reconhece o seu falhanço e insiste em reforçar a dose da sua política da austeridade, com a proposta de um corte adicional de 4 000 milhões de euros nas funções do Estado. Estes cortes, sobretudo nas áreas da segurança social, da educação e da saúde, trarão inevitáveis consequências na redução do acesso aos serviços públicos e na redução das transferências sociais de que depende o rendimento de muitas famílias, já gravemente atingidas pelas políticas de austeridade. Esta opção contribuirá ainda mais para o aprofundamento da recessão, para o aumento do desemprego, da pobreza e das desigualdades sociais entre portugueses. As principais vítimas da política do Governo são os mais pobres e as classes médias, gravemente afetadas nas suas condições de vida, de igualdade de oportunidades e de mobilidade social; fortemente atingidas pelo desemprego e, em muitos casos, confrontadas com um sério risco de pobreza. Enquanto isso, muitos milhares de jovens, incluindo os mais qualificados, são empurrados para a fatalidade da emigração por um Governo sem visão de futuro, que se mostra incapaz de lhes abrir um horizonte de esperança. As famílias, por seu turno, enfrentam dificuldades cada vez maiores e as taxas de natalidade caem para níveis alarmantes. Os pensionistas e os funcionários públicos foram particularmente atingidos pelo Governo com os Orçamentos de 2012 e 2013.

O PS sempre se opôs à política de austeridade do Governo, alertando para as consequências na destruição da economia e do emprego. O PS sempre foi claro na rejeição da política de empobrecimento e de emigração como instrumentos para a melhoria da competitividade, mostrando a sua completa incompatibilidade com o mundo desenvolvido em que nos integramos e com o país moderno que ambicionamos ser. O PS sempre se bateu pelo diálogo político e social, afirmando em todos os momentos o seu carácter absolutamente central na resposta à crise. Por último, o PS sempre se bateu por uma participação forte e ativa de Portugal na negociação europeia, com vista à superação da gravíssima crise que a Europa atravessa, mas também à melhoria constante e sistemática do nosso processo de ajustamento.
Os portugueses não aguentam mais. Ao contrário do que diz o Governo, Portugal não está na direção certa. Chegou a altura de dizer: Basta! Chegou o momento de parar com a política de austeridade que está a empobrecer o nosso país e a exigir pesados sacrifícios aos portugueses sem que se vejam resultados. Os portugueses cumpriram, mas o Governo falhou.

O PS tudo fez para que o Governo reconhecesse o seu fracasso, abandonasse a sua política da austeridade e mudasse de caminho. O Governo ignorou os alertas e recusou os contributos do PS, bem como de outras organizações e movimentos da sociedade portuguesa.

A sétima avaliação da aplicação do memorando, por ser a primeira depois de conhecidos os resultados de 2012, constituía o derradeiro momento para o Governo inverter a sua política. Avisámos o Governo de que esta seria a última oportunidade para fazer essa mudança. O Governo desperdiçou a derradeira oportunidade para mudar de rumo. O Governo tornou evidente que não está à altura do momento que vivemos e das responsabilidades que deveria assumir.

A situação a que o nosso país chegou é de uma enorme gravidade. Os portugueses não aguentam estes níveis de desemprego, nem mais medidas de austeridade. Estamos à beira de uma tragédia social de consequências imprevisíveis para a vida dos portugueses e para o nosso regime democrático. Nenhum órgão de soberania e responsável político pode ignorar o estado de pré-ruptura social e de espiral recessiva a que o nosso país chegou.

Se o Governo continua, cada vez mais isolado, a violar as suas promessas eleitorais, sem autoridade política, incapaz de escutar e de mobilizar os portugueses, a falhar nos resultados, a não acertar nas previsões, a negar a realidade, a não admitir a necessidade de alterar a sua política de austeridade, a não defender os interesses de Portugal na Europa, a conduzir o país para o empobrecimento, então só resta uma saída democrática para solucionar a crise: a queda do Governo e a devolução da palavra aos portugueses.
É o que se pretende alcançar com a apresentação desta moção de censura. Portugal precisa urgentemente de um novo Governo e de uma nova política.

Mais do que um ponto de chegada, esta moção é um ponto de partida para sairmos das crises que vivemos. A crise política já existe. Esta moção oferece uma solução para a crise política, como condição necessária para mobilizarmos os portugueses e vencermos a crise social e económica que nos cerca.
Há um novo consenso político e social em Portugal. Só um novo Governo, democraticamente legitimado, com forte apoio popular, estará em condições de interpretar e protagonizar o novo consenso nacional, renegociar (ao nível europeu) uma estratégia credível de ajustamento e proceder ao relançamento sustentável da nossa economia e da criação de emprego.

Outro caminho é possível e necessário. Um caminho de esperança. Um caminho de ambição. Um caminho em que Portugal volte a ter voz na Europa. Um caminho feito com as pessoas e para as pessoas, mobilizando a força, a criatividade e o empenho duma nação milenar que se orgulha do seu passado, se afirma na sua identidade e acredita no seu futuro. Um caminho com esforço mas com sentido, apostando num Estado Social mais eficiente e numa economia mais qualificada e competitiva.

Assim,

A Assembleia da República delibera, nos termos do artigo 194.º da Constituição da República Portuguesa, censurar o XIX Governo Constitucional.

sexta-feira

PS apresenta Moção de Censura ao actual Governo. Seguro fala em "Primavera política" e quer eleições antecipadas.

Governo alcançou um falhanço brutal no controlo da dívida pública - Pedro Marques, Deputado do PS pelo Distrito de Portalegre


O PS considerou que os mais recentes dados do INE indicam “um falhanço brutal” do Governo no controlo da dívida pública.

Segundo dados divulgados hoje pelo INE, a dívida pública terá atingido os 123,6 por cento do PIB em 2012, ficando acima da estimativa do Governo e da troika, que tem menos de duas semanas.
 
Para o deputado do PS Pedro Marques, os dados divulgados pelo INE confirmam “o falhanço do défice, quase dois pontos percentuais acima do objetivo, mas destaca-se agora um falhanço brutal na dívida pública”.
 
“A dívida pública ficou quase 30 mil milhões de euros acima do objetivo do Governo, quando inicialmente perspetivou a política orçamental para 2012. Quinze por cento da dívida que temos hoje é resultado do falhanço da política de 2012. Da dívida que ronda aproximadamente os 200 mil milhões de euros, 30 mil milhões resulta da diferença entre o que o Governo perspetivava e aquilo que realmente aconteceu”, apontou.
 
De acordo com o socialista, com o valor que atingiu a dívida pública, o país está perante “um encargo brutal para as gerações futuras”.
 
“Já bem bastava tudo o que tínhamos e agora, em cima do falhanço brutal em 2012, com a duplicação da austeridade, insistir-se na mesma política até 2015, com o corte de quatro de mil milhões de euros a ser prolongado por dois anos, é mau de mais. Este Governo, com a continuação desta política, está a dar cabo do país”, defendeu.
 
O deputado afirmou, depois, que “é necessário parar com esta política e, se calhar, é por isso que a própria maioria PSD/CDS se vai desagregando continuadamente”.
 
“Dentro da maioria há demasiadas pessoas que já perceberam que esta política não nos leva a lado nenhum”, alertou.
 
“Com a espiral recessiva, com a recessão que continua a aumentar, com o risco de a recessão se prolongar, com os juros da dívida ainda demasiado elevados, a dinâmica de crescimento da dívida está lá, está bem presente. Portugal fechou o ano de 2011 com cerca de 108 por cento do PIB em dívida pública e agora está com 123 por cento, mais 15 pontos percentuais. Isto não tem paralelo no passado”, acrescentou.