sexta-feira

Declaração de Voto dos Vereadores do PS: Orçamento e Grandes Opções do Plano para 2012

Mais uma vez a construção dos documentos previsionais, designadamente ao nível do orçamento, encontra limitações provenientes de exercícios anteriores em termos de dívida transitada e compromissos assumidos e não pagos encontrando-se por consequência a quase totalidade da receita esperada (na ordem dos 12 milhões de euros) basicamente comprometida.

Nesta conformidade, tentámos dar o nosso melhor contributo, quer através da busca de informação não disponibilizada aquando do envio dos documentos previsionais, que ocorreu a 5/DEZ, quer na nossa gorada boa vontade na propositura de acções e de projectos que gostaríamos de ver concretizados, e outros, pelo menos iniciados em 2012 como sejam a mero título de exemplo a construção da cobertura para táxis na Praça da República, a definição de verba para melhoria de arruamentos degradados, para a realização da Nisartes, (uma vez que durante o ano de 2011 se conseguiu, enfim, pagar as despesas de 2009, faltando apenas um valor residual segundo informação dos serviços) para o apoio às Juntas de Freguesia e a Instituições sem fins lucrativos e às Associações do concelho.

Na verdade, tal exercício esgotante, durante 3 reuniões de Câmara, perante uma manta que quando se puxa para a cabeça deixa os pés a descoberto e vice-versa, apenas se vislumbra a possibilidade ao nível do investimento, da realização do alargamento da ZAE, a conclusão do Terminal Rodoviário e a construção do novo Centro Escolar de Nisa, tudo acções com receita co-financiada associada, para além de se tentarem assegurar níveis mínimos e sofríveis de investimento de conservação de bens colectivos e, na melhor das hipóteses, investir na aquisição de uma nova viatura do lixo equipada com gancho para recolha de contentores subterrâneos prevendo-se uma poupança significativa nos pagamentos actuais à Valnor pelos serviços de limpeza/recolha nesta área da protecção do ambiente.

Relembramos que a 5/DEZ, o montante em dívida a transitar, em Despesa de Capital, para o orçamento de 2012 equivalia a 1.558.294,55 euros, para uma receita real da mesma natureza, espectável em 2012, na ordem dos 5 milhões de euros.

No capítulo da Despesa Corrente, a dívida à mesma data, a transitar para 2012, situa-se na ordem do 1 milhão de euros, existindo facturas em conferência, na ordem de grandeza de igual montante e segundo documentos da mesma data, existem facturas sem cabimento no valor de 950 mil euros pelo que, a receita, na ordem dos 7 milhões, permitirá pouco mais do que o regular funcionamento dos serviços, para além de pagar dívida e compromissos anteriores, com a agravante de no ano económico de 2012 irem cair sobre a Câmara Municipal as dívidas e os prejuízos da Ternisa…

Está pois o nosso Município muito longe do desejado equilíbrio financeiro.

Assim, numa análise realista, a receita total prevista no Orçamento, equivalente a 16.326.870 euros, anda longe da realidade e por consequência, a previsão da possibilidade de executar despesa equivalente, não passa de uma miragem, (agravada de resto pelo triste ambiente de crise económica que o país atravessa e que a Troika massacra). O documento datado de 5/DEZ relativo à receita cobrada no exercício de 2011 disso dá testemunho com um total de 11.571.161 euros de receita arrecadada e que apenas atinge um grau de execução equivalente a 67,4 %.

Não sendo este o nosso orçamento, o nosso voto vai no sentido da abstenção.

Declaração de Voto dos Vereadores do PS: Mapa de Pessoal para 2012

Na sequência do nosso sentido de voto manifestado na anterior reunião relativamente à retirada do Mapa de Pessoal para 2012 dos postos de trabalho por tempo indeterminado de Técnico Superior de Protecção Civil, Técnico Superior de Ciências do Ambiente, e Técnico Superior sem adjectivação e de 3 professores de Inglês por tempo determinado (para os primeiros 3 meses do ano lectivo de 2012/2013) referimos como sustentação relativamente aos últimos 3 por tempo determinado a contratar portanto a termo certo, que deve ser a Escola através dos órgãos do respectivo Agrupamento a providenciar no sentido da satisfação desta necessidade de aprendizagem dos alunos abrangidos pelas Actividades Extra Curriculares, daqui resultando uma melhor eficácia na gestão de horários e de turmas nomeadamente através dos seus professores de Inglês em termos de poderem completar os respectivos horários com o acréscimo das horas das AEC´s assim se garantindo uma maior proximidade entre alunos e Escola, situação que por si só nos parece positiva quer do ponto de vista laboral quer do ponto de vista pedagógico e de aprendizagem mais eficiente por parte das crianças.

Quanto aos 3 postos de trabalho de técnico superior que a Sra. Presidente propôs integrarem o Mapa de Pessoal de 2012 e antes referidos, pensamos ter ficado demonstrado pela inércia dela própria em não ter promovido sequer que a publicação dos respectivos Avisos de Abertura que a necessidade, a urgência e o interesse público que na qualidade de gestora de pessoal invocou aquando da sua integração no mapa de pessoal de 2012, não se justificavam:
Primeiro, porque em 23 de Fevereiro de 2011 submeteu a deliberação do Executivo a abertura de todos os procedimentos concursais (Deliberação nº 77/2011) previstos no mapa de Pessoal de 2011, entre os quais os 3 ora visados.
Segundo, porque só em 16 de Junho, 4 meses volvidos, submeteu ao Executivo a justificação de interesse público para abertura de tais procedimentos,
Terceiro, porque os demais se desenvolveram com a publicação dos respectivos Avisos de Abertura em Diário da República e demais operações visando a ocupação dos postos de trabalho, previstos no Mapa de Pessoal de 2011, necessários ao desenvolvimento das actividades e à prossecução dos objectivos dos órgãos e serviços municipais, nomeadamente na área de Informática e de Desporto e os relativos aos Assistentes Operacionais (Motorista e Auxiliar de Educação) o que é demonstrativo que os urgentes e necessários eram estes,
Quarto, porque só em 22 de Setembro de 2011, a Sra. Presidente proferiu despacho de abertura para os procedimentos concursais com vista ao preenchimento dos técnicos superiores ora em causa mais o de técnico superior na área florestal,
Quinto, porque só em 22 de Novembro se providenciou pelo envio dos respectivos avisos para publicação em Diário da República.

Concluindo, não existe neste momento qualquer intenção do Executivo na manutenção desta intenção de publicação devendo a Sra. Presidente desde já, desistir de tal, dando instruções claras nesse sentido aos serviços evitando assim a despesa desnecessária pelo pagamento desses encargos que caso contrário serão da sua inteira responsabilidade e não da responsabilidade da Câmara.

Não existindo ainda publicação, não existe qualquer eficácia externa, das operações procedimentais de tais concursos, ou seja, a Câmara Municipal não publicitou ao público qualquer oferta de emprego nas áreas em apreço.

Não o tendo feito, não podem existir sequer expectativas jurídicas de ninguém em relação a tal assunto e é bom que a Sra. Presidente salvaguarde esta situação, ou seja, que cumpra e execute a deliberação do executivo tomada hoje de não concordar com a inclusão destes postos de trabalho no Mapa de Pessoal de 2012.

Além dos motivos já invocados, também pela necessidade de redução de despesa corrente, que é a grande dificuldade em que toda a gestão anterior da Sra. Presidente nos colocou e que mais uma vez faz transitar de 2011 para o orçamento de 2012, uma verba de 1 milhão de euros de compromissos assumidos e não pagos em 2011 já tendo recorrido por sua iniciativa e sem a concordância do executivo, por violar o princípio do equilíbrio financeiro previsto no POCAL, ao desvio de receita de capital para pagamento de despesa corrente.

Também o espectro nacional de crise e as medidas de controle das contas públicas incluindo as dos Municípios por imposição da Troika, nos fazem reflectir seriamente na necessidade de redução de despesa, mormente por sermos eleitos na Terceira Câmara mais endividada do nosso distrito, a Câmara de Nisa é, a seguir à de Portalegre e à de Monforte, a que tem a menor margem de capacidade de endividamento líquido, apenas equivalente a 1.384.495 euros.

Por todos estes motivos, votamos contra a previsão no Mapa de Pessoal de 2012 destes 3 postos de trabalho.

Quanto ao posto de trabalho para técnico superior licenciado em Engenharia Florestal, e tal como afirmamos na anterior reunião de Câmara, pode ler-se na Informação nº 61/2011 de 9 de Dezembro em resposta à resposta à nossa questão “onde é que está escrito que é obrigatório contratar 2 técnicos superiores para o Gabinete de Protecção Civil” que Não existe legislação que determine a obrigatoriedade de tal técnico.
Todavia, caso este concurso (para preenchimento de posto de trabalho de téc. superior na área florestal) não prossiga, a Câmara de Nisa passaria a manter uma situação de ilegalidade que se verifica desde Maio de 2011, mês em que terminou o contrato de trabalho a termo celebrado com o técnico de Produção Florestal anteriormente contratado para o gabinete florestal – para manter o recebimento da Protecção Civil Nacional de 2.000 euros mensais para despesas de funcionamento deste Gabinete Técnico Municipal Florestal mais os encargos com o respectivo pessoal habilitado em Engenharia Florestal de preferência, a Câmara deveria ter afecto àquele Gabinete, desde o início da celebração do protocolo com a Protecção Civil, um licenciado nesta área e por consequência, para não sermos acusados de alimentar situações de ilegalidade abstemo-nos neste caso da previsão de posto de trabalho nesta área, no Mapa de Pessoal de 2012 não inviabilizando desta feita o recrutamento de técnico superior/Engenheiro Florestal durante o ano de 2012.

segunda-feira

Fotoreportagem: Jantar de Natal de Nisa do Partido Socialista 2011



























































"Dando seguimento à iniciativa que decorreu o ano passado, a Concelhia de Nisa do Partido Socialista organizou mais uma vez este ano o Jantar de Natal de Nisa do Partido Socialista, mais propriamente no passado dia 16 de Dezembro, pelas 20h30, no Salão do Sport Nisa e Benfica, e que contou com a presença de mais de 70 militantes e simpatizantes do PS, como resultado das devidas inscrições e respectivo pagamento efectuado pelos próprios.

No jantar estiveram presentes o Deputado eleito pelo Distrito de Portalegre na Assembleia da República, Pedro Marques, o Presidente da Federação Distrital, Jorge Martins, o Presidente da Comissão Política Distrital, Albano Silva, e o ex-Governador Civil, Jaime Estorninho, para além dos respectivos Vereadores, Presidente, Mesa e Deputados da Assembleia Municipal, Presidentes de Junta e de Assembleia de Freguesia do concelho, militantes e simpatizantes.

O jantar iniciou-se com um minuto de silêncio em memória de todos os militantes falecidos, tendo-se recordado o mais recente José de Oliveira Rodrigues, mas outros nomes do distrito como Lourenço Mourato e Francisco Amieiro, passando-se depois a um período de intervenções, onde usaram da palavra o Presidente da Comissão Política Concelhia de Nisa, Marco Oliveira, o Presidente da Federação Distrital, Jorge Martins, e o Deputado eleito pelo Distrito de Portalegre na Assembleia da República, Pedro Marques.


Este ano, contou ainda com a presença da fadista consagrada, Soraia Branco, de Elvas, acompanhada dos seus respectivos guitarristas, que ofereceu um momento único para a noite de todos os presentes."

terça-feira

Comunicado da Comissão Política Distrital da Federação de Portalegre do Partido Socialista

COMISSÃO POLÍTICA DISTRITAL (CPD)

COMUNICADO

A Comissão Política Distrital da Federação de Portalegre do Partido Socialista reuniu no passado dia 30 de Novembro para, no quadro da actual situação política nacional, analisar a implicação das actuais políticas sectoriais na população e no tecido económico e social do distrito de Portalegre.

Em resultado de uma discussão muito participada, a CPD considera que:

- O Partido Socialista está disponível para discutir a Reforma da Administração Local, mas não está disponível para reorganizações administrativas que tenham como consequência a extinção de juntas de freguesia sem que isso corresponda à vontade das suas populações, resultando apenas de uma decisão central baseada em critérios aritméticos, a partir de dados por vezes desfasados da realidade. Há critérios de natureza cultural que fizeram do poder local democrático a chama viva do desenvolvimento local e do seu associativismo e que não podem deixar de ser tidos em conta.
Há realidades distintas no que às freguesias diz respeito, mas é preciso não esquecer que, principalmente, nas freguesias rurais, a junta é em muitos casos a única ponte do Estado com os cidadãos e é lá que as populações encontram todo o apoio social que necessitam.
A participação democrática da população encontra espaço na organização do poder local. Sem ele, ou com ele mais longe, reduz-se a cidadania e o desenvolvimento participado das nossas aldeias, vilas ou cidades.

- O Partido Socialista está extremamente preocupado com as propostas que derivam da aprovação do Orçamento de Estado de 2012. O aumento da participação do cidadão nas despesas de saúde, o aumento dos transportes, o aumento do IVA na restauração e em outros bens, a abolição dos benefícios fiscais para o interior, são, entre outras, medidas que fragilizam mais as populações, os territórios e a economia da nossa região que tem uma população extremamente envelhecida e uma economia regional muito débil. A política cega e falsamente igualitária traduz-se em acréscimo de dificuldades para os mais fragilizados e potencia ainda mais as assimetrias regionais.
As poucas medidas de diferenciação positiva que existiam para o interior do país, nomeadamente os benefícios fiscais para pequenas e médias empresas, são agora retiradas (abolição do artigo 43º do Estatuto dos Benefícios Fiscais).
O desenvolvimento do Turismo como alavanca económica destas regiões é agora extremamente afectada com o aumento de taxa de IVA da restauração.
O aumento dos transportes e das taxas moderadoras de saúde a par da redução de horários de funcionamento de centros de saúde e encerramento de extensões, decisões validadas pelo actual Ministério da Saúde, vão deixar as pessoas com menos mobilidade e mais longe da qualidade de vida.
A brutal redução do Orçamento da ULSNA retira poder operacional dos Hospitais de Portalegre e de Elvas, bem como dos restantes Centros de Saúde, diminuindo a capacidade de prestação de bons serviços de saúde. Reduzir a capacidade de prestação de serviços de saúde é retirar a segurança de vida à população, nomeadamente aos nossos idosos.

- O Partido Socialista analisou o PET –Plano Estratégico de Transportes- relativo ao período de 2011-2015, aprovado pelo actual governo PSD-CDS.
Este PET prevê o término de transportes de passageiros na linha ferroviária do Leste, compreendida entre Abrantes e Elvas, assim como a desativação do ramal de Cáceres. São vias de comunicação estruturantes para o desenvolvimento e crescimento económico do Alto Alentejo, bem como para a mobilidade de passageiros. A falta de investimento público por parte da administração central nas vias de comunicação do Norte Alentejo, agravada com o encerramento das existentes, contribui inequivocamente para a perda de atractividade da região, acelera o despovoamento e dificulta a já frágil economia regional. O Partido Socialista está contra estas medidas, defendendo, isso sim, a modernização das linhas existentes.
Também a Plataforma Transfronteiriça do Caia, assim como a própria estação de mercadorias, alvo de acordo em anteriores cimeiras ibéricas, é deixada ao sabor da iniciativa privada, o que é inaceitável. Exigimos que o Governo Português cumpra os compromissos assumidos com o Governo Espanhol para a instalação da Plataforma Transfronteiriça do Caia, pois trata-se de um instrumento determinante para o desenvolvimento sustentado da região transfronteiriça Alentejo/Extremadura.
Também quanto à rede básica transfronteiriça, de acordo com decisão da Comissão europeia de 19 de Outubro último, constata-se que o projecto prioritário nº16 que liga o porto de Sines a Madrid sofreu alterações em parte do percurso espanhol, e passa agora a compor a designada rede global, que atira para o ano de 2050 o prazo previsto para a sua conclusão. O Governo deverá ser mais determinado junto da União Europeia, para que Portugal beneficie, para além da linha mista de velocidade elevada agora proposta, de um eixo dedicado a mercadorias - incluir a ligação do sistema portuário Lisboa-Setúbal-Sines com o eixo mediterrânico Évora-Elvas-Badajoz-Puertollano-Alcazar de San Juan, a concluir em 2020.
Continuaremos a desenvolver um trabalho transfronteiriço, no sentido de coordenar esforços e manter cada vez mais viva e profícua a relação do Alto Alentejo com a Extremadura Espanhola, acreditando que esta articulação aprofunda a ligação entre os dois povos e fortalece o desenvolvimento das duas regiões.

- O Partido Socialista continuará a acompanhar cuidadosamente o evoluir da situação política, económica e social na nossa região, continuará a desenvolver actividades descentralizadas que permitam ouvir e discutir com as populações, será interventivo, opor-se-á às políticas de empobrecimento dos cidadãos e do país, e estará com a população no desenvolvimento de alternativas às actuais políticas. Não nos conformamos com a inevitabilidade das actuais políticas. Acreditamos que há outros caminhos e outras políticas para Portugal. Para um Portugal mais justo, com mais coesão social e territorial.

Portalegre, 2 de Dezembro de 2011

A Mesa da Comissão Política Distrital da Federação de Portalegre do Partido Socialista

segunda-feira

Debate da Rádio Portalegre em Nisa: "A Saúde no Distrito"

Amanhã, 29 de Novembro, pelas 18 horas, vai realizar-se, em directo, um debate da Rádio Portalegre sob o tema "A Saúde no Distrito" e que irá decorrer no Cine-teatro de Nisa, com as portas abertas à população.


Alguns dos temas em debate, e que afectam directamente a população do concelho de Nisa, são o encerramento das extensões de saúde, os novos horários dos Centros de Saúde e a junção de serviços entre Centros de Saúde. Estarão presentes, entre outros, o Presidente do Conselho de Administração da ULSNA ou o Presidente da Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo.

sexta-feira

Nisa: Encontro Distrital de autarcas de Freguesia, subordinado ao tema "A Reforma da Administração Local"

Com a finalidade de debater a Nova Reforma da Administração Local, apresentada pelo Governo de coligação PSD/CDS, mais concretamente no que às Freguesias diz respeito, o Secretariado da Federação do Partido Socialista do Distrito de Portalegre vai realizar um encontro de autarcas de Freguesia (Executivo e membros de Assembleia de Freguesia), subordinado ao tema "A Reforma da Administração Local", no próximo dia 26 de Novembro (sábado), pelas 9h30m, na Biblioteca Municipal de Nisa.

Este Encontro Distrital contará com a presença do Dr. António Ramos Preto, Deputado na Assembleia da República, onde desempenha também a função de Presidente da Comissão do Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local, e Presidente da Comissão Nacional de Jurisdição do Partido Socialista, bem como do Dr. Cândido Moreira, Vice-presidente da ANAFRE.

Petição Pública Contra a Agregação ou Extinção da Freguesia de Tolosa

Caros(as)

Por favor ajude-nos a divulgar a Petição «Pública Contra a Agregação ou Extinção da Freguesia de Tolosa». A melhor maneira de o fazer é informar os seus amigos que ela existe.

Envie um email rápido aos seus amigos.

Abaixo existe um texto que pode copiar e colar na sua própria mensagem de email, para ajudar a divulgar a petição «Pública Contra a Agregação ou Extinção da Freguesia de Tolosa»:

Para divulgar, «Copiar e Colar» o texto abaixo no seu próprio email e enviar aos seus contactos.
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Caros Amigos,

Acabei de ler e assinar a petição online: «Pública Contra a Agregação ou Extinção da Freguesia de Tolosa»

http://www.peticaopublica.com/?pi=JMMS2011

Eu pessoalmente concordo com esta petição e acho que também podes concordar.

Subscreve a petição e divulga-a pelos teus contactos.

Obrigado!
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Uma nota sua no email que envia aos seus amigos pode fazer a diferença para uma petição de sucesso.

Todos devemos ajudar a promover a Petição, e agora é a sua vez.

O poder da Internet está nas suas mãos!

Melhores Cumprimentos,
PeticaoPublica.com

PS - Não se esqueça de seguir o Petição Pública no Facebook e/ou no Twitter.

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL: POSIÇÃO DO PARTIDO SOCIALISTA

REFORMA DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL
O Partido Socialista considera importante melhorar a gestão autárquica, modernizando-a e tornando-a mais transparente, eficiente e eficaz, tendo como principal objectivo a prestação de melhores serviços de proximidade às populações.
O PS não está disponível para uma reforma feita "a régua e esquadro", mas sim que respeite a identidade, a cultura, a história do povo e do País.

LEI ELEITORAL
O PS considera necessário alterar a Lei Eleitoral para os Órgãos das Autarquias Locais propondo:
Eleição conjunta da Assembleia Municipal e do Presidente de Câmara;
O Presidente de Câmara deve ser o cabeça da lista mais votada para a Assembleia Municipal;
A composição do executivo deve ser por escolha do Presidente de Câmara, de entre os membros eleitos para a Assembleia Municipal;
Diminuição do número de vereadores;
Com a introdução dos executivos homogéneos, impõe-se um reforço significativo dos poderes da Assembleia Municipal, que garanta os direitos da oposição e que seja, de facto, o órgão fiscalizador do executivo;

GESTÃO MUNICIPAL E INTERMUNICIPAL
O PS defende o reforço das atribuições e competências da CIM (comunidade intermunicipal) e AM (áreas metropolitanas), as quais devem provir do Estado, nomeadamente:
Ordenamento do território;
Mobilidade e transportes;
Protecção Civil;
Contratualização da gestão do QREN.
Os Municípios podem delegar competências para as CIM e AM, com o objectivo de ganhar escala reduzindo encargos e prestando melhores serviços aos munícipes.

ORGANIZAÇÃO DO TERRITÓRIO
O PS é contra a extinção de municípios, excepto se decorrer da vontade própria das populações.
No que respeita às freguesias, o PS não concorda com os critérios de organização territorial proposta pelo Governo no "Livro Verde".
Por se tratar de realidades distintas, deve haver um tratamento diferenciado para as freguesias das zonas urbanas e das zonas rurais.
Nas áreas urbanas, é possível e desejável encontrar soluções de racionalidade eliminando a duplicação de estruturas administrativas.
O PS é contra a redução / aglomeração de freguesias nas zonas rurais. As juntas de freguesia ainda são, em muitas localidades, o garante da presença do poder democrático e a entidade que representa a proximidade entre eleitos e eleitores. São mesmo, em muitos casos, a única ligação das populações ao Estado.O PS incentiva o associativismo inter-freguesias com o objectivo de ganhar dimensão para intervir em áreas que o justifiquem.

Fórum "Contra a Violência Doméstica", no dia 26 de Novembro de 2011, pelas 15h00, no Auditório da Escola Superior de Educação de Portalegre

A Presidente do Departamento Federativo das Mulheres Socialistas do Distrito de Portalegre, Sandra Cardoso convida V. Exa. para participar no Fórum "Contra a Violência Doméstica", que se vai realizar no dia 26 de Novembro de 2011, pelas 15h00, no Auditório da Escola Superior de Educação de Portalegre (Praça da Republica) e que será presidido pela Deputada Sónia Fertuzinhos.

Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres - 25 de Novembro



quarta-feira

Tolosa:população promete lutar até ao limite das suas forças para impedir extinção da freguesia

A população da localidade de Tolosa não aceita a extinção daquela freguesia, do concelho de Nisa, e promete lutar até ao limite das suas forças para o impedir.
Segundo um estudo da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE) com base nos critérios do Documento Verde da Administração Local, Tolosa é uma das cinco freguesias do concelho de Nisa que será extinta.

Em declarações à Rádio Portalegre, o presidente da Junta de Freguesia de Tolosa, José Júlio Oliveira, afirmou que “é impossível” e que não quer acreditar na extinção daquela freguesia.
O autarca participou, domingo, numa reunião com a população de Tolosa, onde foi decidido fazer um abaixo-assinado em protesto contra a extinção daquela freguesia.

Nisa é o concelho do distrito de Portalegre em que vai haver uma maior redução do número de freguesias, no total são cinco, segundo um estudo da Associação Nacional de Freguesias, elaborado com base no Documento Verde da Administração Local.
O estudo indica que o distrito de Portalegre vai perder 22 freguesias, passando das actuais 86 para 64 freguesias, distribuídas pelos quinze concelhos.

O concelho de Nisa composto por uma dezena de freguesias vai ficar reduzido a metade, sendo extintas as freguesias de Amieira do Tejo, Arez, São Matias, São Simão e Tolosa.
Elvas é outro dos concelhos que mais freguesias perde(4), passando das actuais onze para sete.

As freguesias do concelho de Elvas que não cumprem os critérios do Governo e que deixarão de existir nos moldes actuais são: Ajuda Salvador e Ildefonso, Barbacena, Caia e São Pedro e Vila Fernando.
Os concelhos do Crato e de Avis vão perder 3 freguesias. Gáfete, Monte da Pedra e Vale do Peso, são as freguesias a riscar do concelho do Crato, enquanto em Avis serão extintas as freguesias de Aldeia Velha, Maranhão e Valongo.
O estudo da ANAFRE aponta ainda para a extinção de duas freguesias nos concelhos de Portalegre (São Julião e Alagoa), e Alter do Chão (Chancelaria e Seda).
Em Gavião será extinta a freguesia de Atalaia, em Arronches, a freguesia de Mosteiros e em Fronteira está prevista a extinção da freguesia de São Saturnino.

O documento da ANAFRE não prevê a extinção de qualquer freguesia nos concelhos de Marvão, Monforte, Campo Maior, Castelo de Vide, Ponte de Sôr e Sousel.

Gabriel Nunes


Reforma da Administração Local:Nisa vai perder metade das 10 freguesias - estudo da ANAFRE

Nisa é o concelho do distrito de Portalegre em que vai haver uma maior redução do número de freguesias, no total são cinco, segundo um estudo da Associação Nacional de Freguesias, sobre a Reforma da Administração Local, que o Governo pretende levar a cabo.
O estudo indica que o distrito de Portalegre vai perder 22 freguesias, passando das actuais 86 para 64 freguesias, distribuídas pelos quinze concelhos.

O concelho de Nisa composto por uma dezena de freguesias vai ficar reduzido a metade, sendo extintas as freguesias de Amieira do Tejo, Arez, São Matias, São Simão e Tolosa.

Elvas é outro dos concelhos que mais freguesias perde(4), passando das actuais onze para sete.
As freguesias do concelho de Elvas que não cumprem os critérios do Governo e que deixarão de existir nos moldes actuais são: Ajuda Salvador e Ildefonso, Barbacena, Caia e São Pedro e Vila Fernando.
Os concelhos do Crato e de Avis vão perder 3 freguesias. Gáfete, Monte da Pedra e Vale do Peso, são as freguesias a riscar do concelho do Crato, enquanto em Avis serão extintas as freguesias de Aldeia Velha, Maranhão e Valongo.
O estudo da ANAFRE aponta ainda para a extinção de duas freguesias nos concelhos de Portalegre (São Julião e Alagoa), e Alter do Chão (Chancelaria e Seda).
Em Gavião será extinta a freguesia de Atalaia, em Arronches, a freguesia de Mosteiros e em Fronteira está prevista a extinção da freguesia de São Saturnino.

O documento da ANAFRE não prevê a extinção de qualquer freguesia nos concelhos de Marvão, Monforte, Campo Maior, Castelo de Vide, Ponte de Sôr e Sousel.

Gabriel Nunes


CORTE DE SALÁRIOS NA FUNÇÃO PÚBLICA BEM ALÉM DA META DA TROIKA

Artigo de opinião: "O PCP e a liberdade de informação"


Nisa, 24 de Outubro, auditório da Biblioteca Municipal, 10,45h.

Iniciara-se a sessão extraordinária da Câmara Municipal, tendo como principal ponto da Ordem de Trabalhos, o seguinte: Parceria ADN. Assim mesmo, laconicamente.

A presidir a sessão, o vice-presidente da autarquia, Rosmaninho Bichardo, simultaneamente presidente da direcção da ADN. Incompatibilidade? Nada consta na minuta da sessão.

Presente na sessão pública, procuro, em silêncio, o melhor ângulo para fotografar a dirigente da ADN, Ermelinda Martins, ex-funcionária da Câmara, no uso da palavra.

É então que o inverosímil acontece. Quando passo junto ao vereador Rosmaninho Bichardo, este, quase num sussurro, questiona-me, dizendo: “ Quem é que lhe deu autorização para tirar fotos?”
O “caldo” entornou-se. Perguntei-lhe se estava a brincar comigo e disse-lhe em voz plena de indignação que ele era vereador e não polícia. Mais, convidei-o a chamar a GNR caso considerasse que estava a perturbar a sessão.

Continuei a tirar as fotos que entendi, o vereador Rosmaninho deve ter percebido, pelo silêncio geral, de reprovação, que tinha “metido a pata na poça” e calou-se.

Mas eu não calo e denuncio, publicamente, a tentativa de censura ao direito de informar e ser informado, tentativa essa que não é virgem e que remete para a natureza ou tipologia de alguns eleitos que em nome do PCP/CDU ocupam cargos políticos nos órgãos do poder local.

Colaboro há mais de trinta anos, gratuitamente, com diversos órgãos da imprensa regional e até nacional, inclusive, com alguns dos mais prestigiados títulos que se publicam no país.
Fundei e dirigi durante quase 11 anos, o quinzenário “Jornal de Nisa”, jornal “amaldiçoado” pelo poder municipal vigente, tão visceralmente odiado que, após o seu fecho, a presidente da Câmara, servindo-se de uma associação local, a ADN, resolveu adquirir o título pagando por ele uma soma exorbitante, na ordem dos 20 mil euros.

Parece caricato e um paradoxo, mas não é, atendendo ao modus operandi da autarca que diz ter feito um “pacto de sangue” com Nisa, mas não sabe – porque ninguém a ensinou, nem ela procurou saber – por que ostenta Nisa o título de “Notável”.
Até hoje, passados quase três anos, nem Câmara nem ADN – presidida pela primeira – deram quaisquer explicações aos vereadores que as solicitaram, nomeadamente, o custo do título, a procedência da verba, e a cabimentação orçamental que a sustenta, curiosamente, questões que foram evocadas na sessão supracitada.

Relembro, que, enquanto director do “Jornal de Nisa” e no rescaldo dos incêndios de 2003, a senhora Tsukamoto moveu um processo judicial contra a minha pessoa e um colaborador do jornal, queixa baseada numa expressão popular “lágrimas de crocodilo”, expressão essa devidamente contextualizada num artigo crítico e que se provou ser verdadeiro, acerca de determinada actuação da Câmara face a um pedido de auxílio de agricultores.
A presidente da Câmara, perante o ridículo de uma acusação que não tinha pés nem cabeça, nem beliscava, sequer, com os princípios do direito de crítica, de informar e ser informado, não conseguiu, como pretendia, que os dois “acusados” fossem, ao menos, pronunciados. A sua raiva e falta de bom senso – como tem evidenciado, aliás, bastas vezes no actual mandato – foi mais forte. Recorreu, uma e outra vez, das decisões do Ministério Público e viu-se, finalmente, confrontada com a decisão do Tribunal da Relação de Évora que clarificava, de forma a não deixar dúvidas, o papel e o dever da crítica num estado de direito, ao mesmo tempo que reiterava que os políticos, enquanto figuras públicas, não estavam imunes ao poder dessa crítica.

O Município pagou, uma vez mais, as custas do processo e a pretensa “verticalidade” da senhora presidente. Do seu bolso não saiu um cêntimo. Sentiu-se, sem razão, “ofendida” por uma expressão inócua que ela própria legitimara, enquanto, agora, parece ter “ouvidos de mercador” quando é – como tem sido ultimamente – de facto, gravemente ofendida tanto na sua honra pessoal, como na de eleita de um cargo público.
Os alhos e bugalhos, os palavrões que ecoam por diversas salas dos Paços do Concelho em dias de atendimento, são expressões menores de ofensas consideravelmente maiores, que a autarca tem suportado sem qualquer sinal de indignação ou constrangimento.
Não se percebe, por isso, quer num quer noutro caso, o comportamento disforme de eleitos locais alcandorados ao poder municipal em listas do PCP/CDU, por coincidência ou triste ironia, o partido que em Portugal, durante cerca de meio século, pagou a maior “factura” da luta contra a opressão e pelo restabelecimento das liberdades democráticas.
E, das duas uma: ou o PCP deu “carta branca” a esta gente, sem princípios ideológicos de “esquerda”, para fazerem o que quiserem em seu nome (o do partido e da coligação que representa), ou então estamos perante uma clara contradição e que nos remete para o adágio popular: faz como eu digo, mas não como eu faço!

Por mim e por muito que custe aos czares, czarinas, bichos, bicharocos e rosmaninhos, continuarei atento, a escrever e a intervir civicamente sobre todas as questões que julgue de importância para o nosso porvir colectivo.
Só assim a liberdade tem sentido!


terça-feira

Artigo de opinião: "Breve análise aos Censos 2011"

Os dados dos Censos 2001 indicaram que residiam 8585 habitantes no município de Nisa. Para 2011, os valores preliminares dos Censos 2011 apontam para 7350 habitantes. Traduz uma diminuição de 1235 indivíduos o que corresponde a redução de 14% da população residente.
Uma primeira análise a estes números pode transparecer a ideia de que nos últimos 10 anos, 1235 indivíduos deixaram o município de Nisa para ir para outras localidades, para residir em algum município seja ele vizinho ou mais afastado, para estudar ou trabalhar, ou ainda, para deslocações para o estrangeiro.
Convém contudo dedicar um pouco mais de atenção a estes números e analisar alguns indicadores mais, para podermos tirar conclusões mais profundas desta importante fonte de informação, de análise, de base para o planeamento e gestão do território que são os Censos 2011.
Recordando alguns conceitos de Demografia, sabemos que a população residente resulta da combinação de vários indicadores demográficos, de onde o seu cálculo irá derivar o valor final. São eles o saldo natural e o saldo migratório. O saldo natural é a diferença entre o número de
nados vivos e o número de óbitos, num dado período de tempo. (Fonte_www.ine.pt)
O saldo migratório é a diferença entre o número de entradas e saídas por migração, internacional ou interna, para um determinado país ou região, num dado período de tempo. Pode também ser calculado pela diferença entre a variação populacional e o saldo natural. O saldo migratório divide-se em migração internacional (migração entre países) e migração interna (migração no interior de um país), seja ela temporária ou permanente. (Fonte_www.ine.pt)
Vamos começar pelo saldo natural. É então a diferença entre o número de nados vivos e o número de óbitos, num dado período de tempo. Vamos calcular para 10 anos, os últimos 10 anos que são o período intra-censitário. Consultando os registos estatísticos disponíveis para consulta
no sitio www.ine.pt, vamos recolher alguns indicadores que nos interessam. Desde logo os Nados-vivos (nascimentos) e os Óbitos (mortes). Ficamos com uma tabela que nos mostra os seguintes valores:
Nados-vivos (N.º) por Local de residência da mãe;
AnualÓbitos (N.º) por Local de residência;
AnualQuadro extraído em 12 de Setembro de 2011 (18:43:28)http://www.ine.pt
Assim, o saldo natural para os últimos 10 anos, para o município de Nisa é calculado subtraindo ao total de nados-vivos, o total de óbitos. Ao total de nascimentos ocorridos em Nisa nos últimos 10 anos (447) vamos tirar o total de óbitos ocorridos em Nisa nos últimos 10 anos (1752)
Assim: SN= (447-1752) «» SN= -1305. Temos um valor negativo de 1305. Nos últimos 10 anos, a relação entre nascimentos e óbitos é uma relação negativa de 1305 indivíduos. Só este valor, já nos vai permitir tirar algumas conclusões sobre a evolução da população residente.
Recordando os valores dos Censos, de 2001 e de 2011, vamos calcular qual a diferença entre os valores da população residente.
Este valor vai ser muito importante para compreender as variações e as mobilidades da população. Sabendo que o saldo natural nos últimos 10 anos tem um valor negativo de 1305, e constatando que a variação intra-censitária tem um valor negativo de 1235, observamos então que nestes valores existe um saldo migratório positivo de 70 indivíduos. Ou seja, a partir dos valores de 2001 e contando apenas com o saldo natural dos últimos 10 anos, os valores de 2011 deveriam de ser (8585 – 1305)= 7280 individuos. Como os valores apresentados para 2011 são de 7350, existe um balanço positivo de 70 indivíduos (7350-7280) que é a tradução do saldo migratório, nacional e internacional.
Se o valor apresentado para os Censos 2011 fosse inferior ao resultado entre a subtracção do Censo de 2001 com o Saldo Natural dos últimos 10, ou seja, inferior a 7280, então o saldo migratório estaria também a contribuir para a redução da população residente em Nisa. Como o valor do Censo 2011 é superior a esse número, sabemos que existe um saldo migratório positivo de 70 indivíduos.
Enquanto não forem divulgados pelo INE todos os indicadores dos Censos 2011, não podemos dizer os valores concretos de quantas pessoas se deslocaram para fora do município de Nisa e de quantas entraram. Para já sabemos sim é que o saldo das entradas e saídas é positivo em 70 indivíduos.
Nos últimos dez anos, o município de Nisa, as escolas, as actividades económicas e a dinâmica pessoal e empresarial local, criou condições para fixar em Nisa mais 70 pessoas do que as que saíram.
Observamos também que o Saldo Natural é que vai contribuir para a perda de população que se verificou entre 2001 e 2011. A existência de uma pirâmide etária invertida, com poucos Jovens, poucos Adultos Jovens e uma grande fatia de população Idosa que caracteriza Nisa assim como todo o território interior de Portugal, contribui para esse Saldo Natural muito negativo., associado ainda à reduzida natalidade.
Para além disso, todos nós conhecemos situações, na Vila de Nisa ou nas suas freguesias, de pessoas, sejam nossos vizinhos, conhecidos ou alguém na nossa rua que não preencheu os Censos, seja por esquecimento, por desconhecimento, por falta de tempo, por dificuldades de contacto com o recenseador, ou mesmo por recusa. Seriam certamente mais uns números a acrescentar na população residente. Mas o que conta são estes números oficiais e é com estes valores que têm que ser feitas as análises e os estudos.
Quando saírem os resultados finais dos censos, será feita mais uma análise individual a todas as freguesias.

Nuno Nascimento Jorge - Geógrafo
[Publicado na edição de 28 de Outubro de 2011 do Jornal de Nisa (n.º 30, II Série)]

segunda-feira

Artigo de opinião: "Quem são os responsáveis? Depois das “Albergarias”, agora as Termas de Nisa"

Estrategicamente em véspera de eleições autárquicas, a 1 de Agosto de 2009, as partes envolvidas no processo de construção do Complexo Termal da Fadagosa estiveram presentes em Nisa. Estávamos nesse dia a horas de ir ver o “Neguinho da BeijaFlor” à última das Nisartes. Tínhamos então na inauguração do Complexo, uns a representar o grande investimento vindo dos Fundos Estruturais e do Governo, daí a presença de Sua Exa. o Secretário de Estado do Desenvolvimento Regional, ou do último dos Governadores Civis, devido ao papel importante que teve também para a concretização do projecto, ao mesmo tempo que outros tentavam abarcar para si a bandeira da realização e da oportunidade. Para isso basta recordar a deselegância do discurso pleno de indirectas efectuado pela Presidente da Câmara ou a falta dos principais vultos presentes, nomeadamente nos discursos, nas fotografias oficiais expostas no site da Câmara Municipal.


Passados praticamente dois anos, e com este desfecho da extinção da empresa municipal Ternisa, quase somos obrigados a pensar que nem a própria valquíria terá agora local para ostentação.


Por mais que possamos nutrir simpatia por alguns políticos que nos envolvem, a política implica responsabilidade. E em Nisa os políticos responsáveis pela gestão do concelho estão identificados. E têm nomes. A actual Presidente da Câmara, Gabriela Tsukamoto, vai já no 3.º mandato e é a principal responsável por tudo o que se passou durante o seu período de edil do concelho, para além de neste mandato, e em termos executivos, termos ainda mais um responsável da CDU e que responde como Vice-presidente da Câmara.


Ainda que se acredite na boa vontade, foram defraudadas as expectativas das pessoas que viram um possível crescimento e progresso do seu concelho, ou as pessoas que sorriram e deixaram outras felizes em redor, pelo facto de terem um possível local de trabalho garantido. Com o evoluir do tempo se percebeu que tal não passaria de um fiasco e o único intuito foi ganhar as eleições e manter os mesmos de sempre no poder e os status quo implantado.


Depois da Albergaria Penha do Tejo, para além de outros “albergues” públicos que servem só para alguns, e que o diga a CDU, temos agora o Complexo Termal completamente à beira do abismo e temos a notícia que Nisa é um dos Municípios em endividamento excessivo por causa do Orçamento de Estado para 2012, o que só vem a somar à gestão desastrosa dos últimos anos, de que resultou um nível de endividamento, sem resultado prático, nunca antes visto. Mas tentar tapar tudo isto, imputando responsabilidades ao Estado, será sempre uma escapadela fácil, esquecendo alguns que foi esse mesmo Estado que propiciou, por exemplo, a construção do Complexo Termal que viemos a ter. E todo o afundar deste concelho só tem a ver com uma contínua incapacidade de negociação e realização, de quem gere este concelho, e está amordaçado pelo próprio partido, em vez de estar do lado do Povo.


Outros problemas surgem agora, como a problemática da reorganização administrativa ou os cortes na saúde e das extensões da mesma que chegam às nossas aldeias. E é por esse motivo que cada vez mais os nisenses deverão estar unidos, até porque o concelho é nosso e há alguns com quem nós sabemos há muito que já não poderemos contar, por mais que não queiram assumir a sua incapacidade para gerir.


Por fim, vimos a saber que o Vice-presidente, Manuel Bichardo, na última reunião de Câmara, apresentou o seu pedido de demissão da ADN. Vêm aí mais surpresas desagradáveis para os munícipes deste concelho? Não estará o Povo de Nisa a passar cheques em branco a mais? O PS continua atento.


domingo

"Assembleia Municipal de Nisa aprova extinção da Ternisa"

Deputados Municipais do PS em Assembleia Municipal em Tolosa
A Assembleia Municipal de Nisa (AMN) aprovou esta sexta-feira, 21 de Outubro, a extinção da Ternisa, empresa municipal criada para assegurar a exploração e conservação do Complexo Termal da Fadagosa de Nisa, inaugurado em Maio de 2009.
Os consecutivos resultados de exploração negativos e o passivo acumulado de, pelo menos, um milhão de euros, estão na origem da proposta do executivo camarário e aprovada em Assembleia Municipal, tendo sido nomeada uma Comissão de Liquidação.
À Comissão de Liquidação, constituída pelos membros do executivo camarário e que estes pretendem ver alargada a um representante de cada uma das forças políticas com assento na Assembleia Municipal, cabe agora o apuramento das contas e património da Ternisa e assegurar o pagamento dos débitos. Este grupo de representantes tem ainda por missão apresentar alternativas ao actual modelo de gestão, que podem passar, por exemplo, pela concessão do Complexo Termal a privados ou outra solução.
Enquanto a Comissão de Liquidação estiver em funções, prazo que deve estender-se por seis meses, de acordo com o que já havia sido sugerido em reuniões do executivo, o Complexo Termal da Fadagosa continua a funcionar, já que conforme foi sublinhado pelo vereador Sena Cardoso, “em causa está a extinção da Ternisa e não do Complexo Termal, que são as instalações, os equipamentos e as águas, que são recursos que devem continuar a ser explorados”.

Teresa Melato

quarta-feira

Orçamento de Estado para 2012: Portalegre é o distrito que menos recebe e que mais verbas perde em relação a 2011

Portalegre é o distrito do país que perde mais verbas das transferências do Orçamento de Estado para 2012, recebendo menos 5,1 por cento do que em 2011.
No continente a região do Alto Alentejo é também a que menos verbas vai receber no próximo ano, com 72,9 milhões de euros.
Ainda no Alentejo, o distrito de Beja recebe mais 24,1 milhões do que Portalegre e o de Évora mais 6,7 milhões.
Em 2012, o mapa de transferências para os 308 municípios estabelece uma verba de cerca de 2,2 mil milhões de euros, menos 4,7% do que em 2011.
Do total dos 2,2 mil milhões de euros, os municípios recebem 1,7 mil milhões de euros são relativos ao Fundo de Equilíbrio Financeiro (FEF), 140,5 milhões ao Fundo Social Municipal (FSM) e 391,4 milhões de euros das transferências de comparticipações no IRS a que têm direito.
Os municípios de Lisboa recebem 238,4 milhões e os do Porto 233,3 milhões.
Os municípios do distrito de Aveiro recebem um total de 136 milhões de euros, os de Braga 158,3 milhões, os de Coimbra 107 milhões, os de Santarém 127,5 milhões, os de Setúbal 112,4 milhões e os de Viseu 143,1 milhões.
Recebem menos de cem milhões de euros no total os municípios de Beja (97 milhões), Bragança (90,6 milhões), Castelo Branco (86,6 milhões), Évora (79,6 milhões), Faro (82,7 milhões), Guarda (94,5 milhões), Leiria (95,1 milhões), Portalegre (72,9 milhões), Viana do Castelo (78,8 milhões) e Vila Real (94 milhões).
Em relação ao ano anterior, Portalegre é o distrito que perde mais (recebe menos 5,1% das verbas) e Faro (com menos 3,6%) o que perde menos.
Aveiro, Évora e Vila Real recebem menos 5% em relação a 2011, aos concelhos de Beja, Castelo Branco e Viana do Castelo é-lhes retirado 4,7%, Braga, Coimbra, Santarém, Setúbal e Viseu ficam com menos 4,9%.Os distritos de Guarda, Leiria e Porto perdem 4,8%, Bragança 4,3% e Lisboa 4,0% em relação ao OE de 2011.
Gabriel Nunes / Lusa

Dívida pública em Portugal

terça-feira

Artigo de opinião: "Concelho de Nisa: uma freguesia nas mãos da CDU?"

Com todo o respeito que merecem todas as freguesias deste país, nomeadamente as nossas, a ligeireza de gestão deste concelho, associada a uma falta de complexidade especializada na organização, que naturalmente este concelho pediria, transmitem que os “responsáveis” da CDU pensam estar a gerir uma instituição com organização administrativa muito limitada e reduzida. Ainda que tal não se passe na maioria das freguesias deste concelho, bastará ainda ver como são tratados os eleitos locais, através da falta de informação e transparência, ou as pessoas individuais ou colectivas não “fidelizadas”.

O anseio da CDU é assim que alguns recebam bem os panfletos do STAL, que digam mal do partido que esteja no Governo e que coloquem a cruzinha à frente da foice e do martelo no dia das eleições. Não interessa se a CDU, só para destruir Governos do PS, se coloca ao lado dos partidos da chamada direita. O que interessa é deixar alguns “embevecidos” nas mãos, para ir mantendo uns laivos de poder, por aqui e por ali, mais para o lado dos “sules” que é onde ainda restam.

Desenvolvimento zero. Progresso zero. Transparência zero. Estes seriam os reais slogans que a CDU deveria espalhar pelas localidades e ruas do concelho. E substituir os “pindericos” que se encontram atados nos postes há mais de 10 anos, que apresentam a forma feia, desorganizada e descolorida como deixam as ruas do nosso concelho.

Para além disso, tentam também sanear a voz dos partidos da oposição, de várias formas reconhecidas, bastando, por exemplo, relembrar como foram silenciadas as vozes dos restantes partidos em Nisa nas comemorações deste ano do 25 de Abril. Mas há outras “instituições” em Nisa, que apregoam isenção e se preenchem de alguns vultos de reconhecida maturidade, também na diáspora, que deveriam ter gosto e responsabilidade em fomentar um adequado debate político, social e económico do concelho, mas não o fazem, sem ninguém chegar a perceber essa recusa ou o próprio limite da sua existência.

Aproximamo-nos assim da metade deste mandato. Dois anos que estão à vista de todos. Ainda que os eleitos do PS, nomeadamente os seus Vereadores, tenham apresentado um sem número de propostas e alternativas para a gestão vigente, sabemos que a Albergaria Penha do Tejo continua na mesma, as nossas Termas de Nisa atravessam dificuldades com uma dimensão não prevista e a própria Singranova teve que entrar em processo de encerramento. Tudo feito sempre com a habitual falta de transparência e de informação. Para onde caminhamos? Algo nos resta? Quem nos lidera tem soluções? Não.

Revisitado este verão, e pelo nosso concelho, pudemos partilhar momentos de dinamização caseira, e ainda bem, principalmente no período em que tivemos os nossos emigrantes perto de nós. Já lá vai o tempo, em que uma responsável política deste concelho (muito conhecida) dizia que quem merecia uma estátua não eram os emigrantes, que foram à procura de melhores dias para si e para os seus, mas os que nunca chegaram a sair e ficaram a trabalhar no concelho, ainda que à fome …

O XVIII Congresso Nacional do PS voltou a receber a representação de Nisa. Com mais militantes, a concelhia de Nisa do PS teve direito agora a mais um delegado, mas recebeu também a agradável surpresa de ter pelo menos mais um delegado nisense em representação, imagine-se, de uma concelhia dos Açores. Aqui e “lá fora”, os nisenses continuam atentos, e anseiam que o seu concelho lhes traga melhores dias. O PS em Nisa irá continuar a trabalhar, de forma adequada e sem precipitações, para que um dia, próximo se possível, consigamos transportar este concelho para o lugar que legitimamente merece.