domingo

Autarca de Nisa critica Polícia Judiciária por investigar denúncias anónimas contra si


O PÚBLICO ouviu Marco Oliveira, presidente da concelhia de Nisa do Partido Socialista sobre as investigações em curso, mas este responsável disse que só sabe "o que se ouve na rua". E até os dois vereadores socialistas que integram o executivo municipal desconhecem o que se passa. Já foram realizadas duas reuniões de câmara, mas Gabriela Tsukamoto "não prestou nenhuma informação" sobre a intervenção das autoridades, critica Marco Oliveira.

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Gabriela Tsukamoto (CDU) visada pela quarta vez. "PJ não tem dinheiro, pára à hora de almoço, mas perde tempo a investigar denúncias anónimas", afirma.

É a quarta vez que a Polícia Judiciária (PJ) se desloca à Câmara de Nisa, distrito de Portalegre, para efectuar investigações à gestão municipal, todas elas suportadas em denúncias anónimas. A presidente do município, Gabriela Tsukamoto, que cumpre o seu terceiro mandato em listas da CDU, lamenta o "desgaste que causa" na imagem de quem trabalha na autarquia.

"Estamos mais a perder tempo do que a chegar a factos concretos", critica a autarca de Nisa, lembrando que as situações anteriores "nunca deram em nada" e os processos "são arquivados". Gabriela Tsukamoto critica as denúncias anónimas que são recorrentes na praça pública, de uma terra pequena em que toda a gente se conhece e que têm "sempre" o mesmo ponto de partida, ou seja, os casos denunciados são sempre os mesmos, mas "acrescidos" de mais elementos. Daí a sua posição crítica relativamente à PJ por não fazer o "cruzamento de informação" para se saber do conteúdo das investigações já efectuadas sobre as mesmas matérias.

Mesmo assim considera que as autoridades fazem "muito bem o seu papel". Declarações feitas ao PÚBLICO, em que lamentou o teor "polémico" das afirmações que, antes, havia feito à Lusa, a quem disse "a PJ não tem dinheiro, param à hora de almoço, não fazem horas extraordinárias e, no entanto, perdem tempo a investigar denúncias anónimas". A autarca fez entretanto um reparo: "Não critico a Polícia Judiciária, mas o modo de funcionamento do sistema."

A investigação em curso diz respeito à gestão municipal que decorreu entre Junho de 2009 e Dezembro de 2010 e as decisões agora sujeitas a investigação "envolvem a própria oposição", frisando que elas "foram tomadas em reunião de câmara".

Gabriela Tsukamoto não esconde o seu desconforto pela má imagem que possa ser projectada da gestão municipal a que preside, assumindo que a "transparência e o rigor são essenciais", num contexto em que a classe política "está mal vista". As constantes intervenções da PJ podem gerar na opinião pública a ideia de que "somos todos iguais, mas não somos", observa a autarca, recusando-se a especificar quais as matérias que estão a ser escrutinadas pelas autoridades, alegando que se encontram em segredo de justiça.

O PÚBLICO ouviu Marco Oliveira, presidente da concelhia de Nisa do Partido Socialista sobre as investigações em curso, mas este responsável disse que só sabe "o que se ouve na rua". E até os dois vereadores socialistas que integram o executivo municipal desconhecem o que se passa. Já foram realizadas duas reuniões de câmara, mas Gabriela Tsukamoto "não prestou nenhuma informação" sobre a intervenção das autoridades, critica Marco Oliveira.

1 comentário:

Anónimo disse...

Querem ver que a oposição ainda vai ter que dar esclarecimentos sobre a trapalhada que esta sra faz em Nisa??