quinta-feira

Espanhóis avançam com construção de ponte sobre o Tejo

A Junta da Estremadura espanhola vai avançar com a construção de uma ponte que ligará Cedillo (Cáceres) a Montalvão, no concelho de Nisa, num investimento de 3,5 milhões de euros, revelou hoje o autarca da povoação alentejana.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Montalvão, António Belo, adiantou que o concurso público para adjudicação da obra deverá ser lançado em Abril.
De acordo com o autarca, o Ayuntamiento de Cedillo está actualmente a estudar o local para a construção da ponte sobre o rio Tejo, existindo as possibilidades de uma passagem a norte, ao centro ou a sul de Montalvão.
«Eles agora vão escolher a melhor localização e também o projecto que ficará mais em conta, pois das três hipóteses (pontes) que estão em cima da mesa existem umas que ficam mais caras em relação às outras», explicou.
António Belo afirmou que o Governo português «já tem conhecimento» da iniciativa e que a aldeia de Montalvão vai «beneficiar» com esta obra, que deverá ficar concluída em 2013.
Com um investimento de 3,5 milhões de euros, o projecto conta com uma comparticipação da União Europeia (UE) de 75 por cento, ao passo que caberá à Junta da Estremadura os restantes 25 por cento.

De acordo com o autarca alentejano, as entidades espanholas «comprometeram-se» também a criar, do lado português, os acessos à ponte, através da aldeia de Montalvão.

A obra, uma «velha aspiração» das populações de ambos os lados da fronteira, vai permitir que os habitantes se desloquem com mais facilidade num troço de apenas 15 quilómetros, contra os cerca de 150 quilómetros que são obrigados a percorrer actualmente.

Há vários anos, que a ligação entre as duas povoações se faz apenas aos fins-de-semana pela ponte da Barragem de Cedillo, mas nem sempre possível de transitar, uma vez que a empresa Iberdrola explora o aproveitamento hidroeléctrico e por vezes fecha o espaço para efectuar vários trabalhos.

Lusa/SOL

terça-feira

Comunicado da Federação Distrital de Portalegre do Partido Socialista

Reunião do Secretariado da Federação e Mesa da Comissão Política Distritais com Presidentes das Concelhias, Vereadores dos Municípios onde o PS não é Poder, e com a presença dos Deputados Pedro Marques e Gabriela Canavilhas
13/01/2012
Sede da Junta de Freguesia de Avis – 21 Horas
Da análise politica distrital e de cada um dos 15 Concelhos, concluímos:

O Governo PSD/CDS despreza o Distrito!

O encerramento do Ramal de Cáceres e da valência de passageiros da Linha do Leste representam a supressão de um claro factor de competitividade e dinâmica económica.
É lamentável o abandono a que foi votada a Fundação Alter Real (Coudelaria), uma referência/oportunidade com um evidente potencial de desenvolvimento sustentável para o Distrito. O actual estado de degradação coloca em causa de forma muito séria aspectos como o emprego das pessoas e a solidez socioeconómica de uma entidade histórica e merecedora do respeito de todos.
O amiguismo e o clientelismo partidário já se afirmaram como uma marca inquestionável do Governo PSD/CDS. O vazio directivo que estas lutas de poder causam na Coudelaria, demonstram de forma bastante nítida o desrespeito pela Instituição e por quem lá trabalha.

O agravamento dos custos com a Saúde e Transportes conjugado com os cortes cegos nas Pensões é um ataque sem precedentes à dignidade das pessoas e uma notória injustiça que enfraquece as condições de vida, nomeadamente, de muitos milhares de pensionistas e idosos do Distrito.
O estado de ruptura financeira em que se encontram muitas Corporações de Bombeiros da Região constitui um motivo suplementar de preocupação para o Partido Socialista e para as populações que ficam cada vez mais abandonadas à sua sorte, sem que se note qualquer traço de sensibilidade social por parte do Governo e de quem o representa no Distrito.
O agravamento fiscal, nomeadamente do IVA na restauração, o aumento da factura da energia e a eliminação de benefícios fiscais que incentivem a fixação empresarial no Interior, entre outros factores, colocam em causa a sobrevivência de muitas empresas que contribuem decisivamente para o mercado de emprego da Região.
As limitações impostas pelo Orçamento do Estado/2012 (OE12) no que respeita ao acesso ao crédito e redução da dívida a curto prazo condicionam a capacidade de reinvestimento das Autarquias, retirando-lhes a possibilidade de continuarem a contribuir para a consolidação sustentada da economia local/regional.
Depois de o PS ter manifestado o seu total desacordo a propósito da agregação/extinção de freguesias rurais, é de central importância perceber qual a posição dos autarcas do PSD e do CDS relativamente a esta matéria.
Após muitas críticas que ocorreram num passado recente, importa questionar que investimentos estão previstos e assumidos no OE12/PIDDAC para o Distrito?

sexta-feira

Artigo de opinião: "Que 2012 seja o ano da atitude e da solidariedade"

Os últimos tempos não têm sido nada fáceis para a maioria dos portugueses. Para quem está esquecido na parte mais interior do país, e por onde não ressalvam alguns focos de progresso (como é o caso de Castelo Branco, aqui mais perto), as medidas têm sido ainda mais penalizadoras, nomeadamente no que toca ao que é fundamental ao desenvolvimento e à coesão social. A eliminação de extensões de saúde, a pretensa de se quererem também extinguir freguesias, a taxação das vias que nos colocam mais próximos dos principais centros como é o caso da A23, o corte nos benefícios fiscais para o sector empresarial, o afastamento dos representantes do Governo como foi o culminar dos Governos Civis, o desrespeito pelas políticas benéficas que foram desenvolvidas nos últimos anos, entre outras tomadas de posição devastadoras, só nos isolam cada vez mais, e tudo o que possa ser dito a seu favor é inqualificável e inexplicável.

O actual Governo não pretende aliviar nenhuma carga para os próximos tempos, até porque, para os seus representantes, mais do que ser solidário com os seus concidadãos, e por esse mesmo motivo retirá-los das maiores penalizações, é mais importante ultrapassar os números pré-definidos com a troika. Assim que terminar este ano, vamos assistir a uma série de corsários que vão todos felizes a correr a Bruxelas, dizendo que têm mais de 3 mil milhões de euros de austeridade do que estava previsto. Se erros houve no passado (que vêm de há mais de 20 anos), não são garantidamente os mais necessitados que vão ter que os pagar.

Como achega ao nível de confiança que todos precisamos, deixamos-vos aqui algumas notas da Mensagem de Natal do Secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro:
“Em tempos difíceis, como aqueles que vivemos, deve imperar um profundo sentido de justiça e de solidariedade. Infelizmente assim não acontece.
Tenho dito, e reafirmo, que não existe uma repartição justa e equilibrada do esforço que está a ser pedido aos portugueses.
Uma política de austeridade deve sempre ser aplicada com equilíbrio, sensibilidade social e com sentido de justiça. Infelizmente, não é o que tem sido feito.
Há outro caminho para sairmos da crise. São necessárias políticas que olhem para além do défice. Criando riqueza em vez de ficarmos mais pobres. Apostando no crescimento económico, no emprego e mobilizando os portugueses. Apoiando as nossas empresas e estimulando a nossa capacidade empreendedora. Só o emprego e o crescimento da economia garantem o futuro, a sustentabilidade das políticas sociais e a coesão nacional.
Sei bem que vivemos tempos propícios a atitudes de indiferença, de desconfiança e de descrença no futuro e nas nossas capacidades.
Mas estes não são tempos para baixar os braços ou para desistências. Não podemos desistir de Portugal. Temos razões para acreditar nas capacidades e na inteligência dos portugueses.
Acreditar nos jovens portugueses. Tudo farei para que aqui encontrem oportunidades de emprego e não tenham de abandonar o nosso país.
Eu tenho confiança nos portugueses e nas portuguesas. Neste povo que sabe vencer de forma solidária as dificuldades e que nunca perde a esperança de construir um futuro melhor para os nossos filhos.”

A Comissão Política Concelhia de Nisa do PS, os seus militantes e eleitos locais, desejam a todos os nisenses, seus familiares e amigos, o melhor 2012 possível, assumindo o compromisso de todos estarem atentos às medidas que vão sendo tomadas, tanto a nível nacional, como a nível local. E obrigado pela presença dos que puderam estar em mais um Jantar de Natal do PS em Nisa, que resultou em mais um êxito para o PS.

In edição de 30 de Dezembro de 2011 do Jornal de Nisa (n.º 32, II Série)

Artigo de opinião: "NISA: 'Golpe de teatro' na Assembleia Municipal"

CDU REPROVA ORÇAMENTO DA... CDU

Com uma agenda de trabalhos bastante preenchida e de que se destacavam a discussão e aprovação do Mapa de Pessoal e dos documentos previsionais – Grandes Opções do Plano e Orçamento da Receita e Despesa do Município para 2012, a Assembleia Municipal de Nisa reuniu em sessão ordinária na sexta-feira, dia 30 de Dezembro, no auditório da Biblioteca Municipal, notando-se, entre o público, alguns trabalhadores da Ternisa, que ali foram expressar a sua preocupação quanto ao seu futuro profissional e da empresa.
O pedido de esclarecimento, apresentado no período aberto á intervenção de munícipes, desencadeou uma série de intervenções e respostas que nada responderam, por parte dos deputados municipais, perante a surpresa e incomodidade do público presente, em grande número, numa sala que já revelou, à saciedade, não reunir as condições mínimas indispensáveis a este tipo de eventos.

Estava dado o mote para uma sessão política de alguma agitação, que atingiu o seu clímax quando foi aberta a discussão sobre o Mapa de Pessoal do Município para 2012, aprovado, com os votos a favor do PS e PSD e contra da CDU, tal como acontecera na sessão da Câmara, onde a proposta inicial foi chumbada e rectificada pelos vereadores da oposição, retirando do documento, os técnicos superiores de protecção civil e sem qualquer adjectivação (é assim que consta na proposta aprovada na sessão camarária) o técnico de ciências do ambiente e três professores de inglês, mantendo o técnico florestal.

A sessão do órgão deliberativo municipal que já começara com atraso, arrastou-se e no ponto da ordem de trabalhos dedicado à análise, discussão e aprovação das Grandes Opções do Plano e do Orçamento de Despesa e Receita do Município para 2012 assistiu-se a um autêntico “golpe de teatro” com a CDU a votar em bloco contra as propostas aprovadas pela mesma CDU em sessão da Câmara de 16 de Dezembro e conseguindo, dessa forma, que os documentos previsionais voltassem à fase inicial, ou seja, ao executivo camarário.

De acordo com alguns eleitos que contactámos, esta votação sui generis terá sido motivada pela não aprovação e retirada das funções que integravam a proposta inicial do Mapa de Pessoal, não deixando, todavia, de constituir um facto político de alguma gravidade, e que põe por terra, a invocada urgência de aprovação do Plano e do Orçamento dentro do prazos adequados.
Resta agora ao presidente da mesa da Assembleia Municipal convocar uma sessão extraordinária do órgão na qual se discutam e aprovem estes documentos bem como outros que não foram alvo de qualquer apreciação e deliberação.
Mário Mendes
In "Alto Alentejo" - 4/1/2012

quarta-feira

Primeiro-ministro aconselha e Pingo Doce é o primeiro a reagir

Isenção de tributação de dividendos e taxas mais baixas são alguns dos pontos que levam cada vez mais empresas portuguesas e mundiais a escolher a Holanda para parquear capitais.
Jerónimo Martins mantém sede em Portugal, mas a polémica instalou-se na política, na economia e nas redes sociais contra o segundo homem mais rico do País.