sexta-feira

Artigo de opinião: "Que 2012 seja o ano da atitude e da solidariedade"

Os últimos tempos não têm sido nada fáceis para a maioria dos portugueses. Para quem está esquecido na parte mais interior do país, e por onde não ressalvam alguns focos de progresso (como é o caso de Castelo Branco, aqui mais perto), as medidas têm sido ainda mais penalizadoras, nomeadamente no que toca ao que é fundamental ao desenvolvimento e à coesão social. A eliminação de extensões de saúde, a pretensa de se quererem também extinguir freguesias, a taxação das vias que nos colocam mais próximos dos principais centros como é o caso da A23, o corte nos benefícios fiscais para o sector empresarial, o afastamento dos representantes do Governo como foi o culminar dos Governos Civis, o desrespeito pelas políticas benéficas que foram desenvolvidas nos últimos anos, entre outras tomadas de posição devastadoras, só nos isolam cada vez mais, e tudo o que possa ser dito a seu favor é inqualificável e inexplicável.

O actual Governo não pretende aliviar nenhuma carga para os próximos tempos, até porque, para os seus representantes, mais do que ser solidário com os seus concidadãos, e por esse mesmo motivo retirá-los das maiores penalizações, é mais importante ultrapassar os números pré-definidos com a troika. Assim que terminar este ano, vamos assistir a uma série de corsários que vão todos felizes a correr a Bruxelas, dizendo que têm mais de 3 mil milhões de euros de austeridade do que estava previsto. Se erros houve no passado (que vêm de há mais de 20 anos), não são garantidamente os mais necessitados que vão ter que os pagar.

Como achega ao nível de confiança que todos precisamos, deixamos-vos aqui algumas notas da Mensagem de Natal do Secretário-geral do Partido Socialista, António José Seguro:
“Em tempos difíceis, como aqueles que vivemos, deve imperar um profundo sentido de justiça e de solidariedade. Infelizmente assim não acontece.
Tenho dito, e reafirmo, que não existe uma repartição justa e equilibrada do esforço que está a ser pedido aos portugueses.
Uma política de austeridade deve sempre ser aplicada com equilíbrio, sensibilidade social e com sentido de justiça. Infelizmente, não é o que tem sido feito.
Há outro caminho para sairmos da crise. São necessárias políticas que olhem para além do défice. Criando riqueza em vez de ficarmos mais pobres. Apostando no crescimento económico, no emprego e mobilizando os portugueses. Apoiando as nossas empresas e estimulando a nossa capacidade empreendedora. Só o emprego e o crescimento da economia garantem o futuro, a sustentabilidade das políticas sociais e a coesão nacional.
Sei bem que vivemos tempos propícios a atitudes de indiferença, de desconfiança e de descrença no futuro e nas nossas capacidades.
Mas estes não são tempos para baixar os braços ou para desistências. Não podemos desistir de Portugal. Temos razões para acreditar nas capacidades e na inteligência dos portugueses.
Acreditar nos jovens portugueses. Tudo farei para que aqui encontrem oportunidades de emprego e não tenham de abandonar o nosso país.
Eu tenho confiança nos portugueses e nas portuguesas. Neste povo que sabe vencer de forma solidária as dificuldades e que nunca perde a esperança de construir um futuro melhor para os nossos filhos.”

A Comissão Política Concelhia de Nisa do PS, os seus militantes e eleitos locais, desejam a todos os nisenses, seus familiares e amigos, o melhor 2012 possível, assumindo o compromisso de todos estarem atentos às medidas que vão sendo tomadas, tanto a nível nacional, como a nível local. E obrigado pela presença dos que puderam estar em mais um Jantar de Natal do PS em Nisa, que resultou em mais um êxito para o PS.

In edição de 30 de Dezembro de 2011 do Jornal de Nisa (n.º 32, II Série)

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