Com todo o respeito que merecem todas as freguesias deste país, nomeadamente as nossas, a ligeireza de gestão deste concelho, associada a uma falta de complexidade especializada na organização, que naturalmente este concelho pediria, transmitem que os “responsáveis” da CDU pensam estar a gerir uma instituição com organização administrativa muito limitada e reduzida. Ainda que tal não se passe na maioria das freguesias deste concelho, bastará ainda ver como são tratados os eleitos locais, através da falta de informação e transparência, ou as pessoas individuais ou colectivas não “fidelizadas”.
O anseio da CDU é assim que alguns recebam bem os panfletos do STAL, que digam mal do partido que esteja no Governo e que coloquem a cruzinha à frente da foice e do martelo no dia das eleições. Não interessa se a CDU, só para destruir Governos do PS, se coloca ao lado dos partidos da chamada direita. O que interessa é deixar alguns “embevecidos” nas mãos, para ir mantendo uns laivos de poder, por aqui e por ali, mais para o lado dos “sules” que é onde ainda restam.
Desenvolvimento zero. Progresso zero. Transparência zero. Estes seriam os reais slogans que a CDU deveria espalhar pelas localidades e ruas do concelho. E substituir os “pindericos” que se encontram atados nos postes há mais de 10 anos, que apresentam a forma feia, desorganizada e descolorida como deixam as ruas do nosso concelho.
Para além disso, tentam também sanear a voz dos partidos da oposição, de várias formas reconhecidas, bastando, por exemplo, relembrar como foram silenciadas as vozes dos restantes partidos em Nisa nas comemorações deste ano do 25 de Abril. Mas há outras “instituições” em Nisa, que apregoam isenção e se preenchem de alguns vultos de reconhecida maturidade, também na diáspora, que deveriam ter gosto e responsabilidade em fomentar um adequado debate político, social e económico do concelho, mas não o fazem, sem ninguém chegar a perceber essa recusa ou o próprio limite da sua existência.
Aproximamo-nos assim da metade deste mandato. Dois anos que estão à vista de todos. Ainda que os eleitos do PS, nomeadamente os seus Vereadores, tenham apresentado um sem número de propostas e alternativas para a gestão vigente, sabemos que a Albergaria Penha do Tejo continua na mesma, as nossas Termas de Nisa atravessam dificuldades com uma dimensão não prevista e a própria Singranova teve que entrar em processo de encerramento. Tudo feito sempre com a habitual falta de transparência e de informação. Para onde caminhamos? Algo nos resta? Quem nos lidera tem soluções? Não.
Revisitado este verão, e pelo nosso concelho, pudemos partilhar momentos de dinamização caseira, e ainda bem, principalmente no período em que tivemos os nossos emigrantes perto de nós. Já lá vai o tempo, em que uma responsável política deste concelho (muito conhecida) dizia que quem merecia uma estátua não eram os emigrantes, que foram à procura de melhores dias para si e para os seus, mas os que nunca chegaram a sair e ficaram a trabalhar no concelho, ainda que à fome …
O XVIII Congresso Nacional do PS voltou a receber a representação de Nisa. Com mais militantes, a concelhia de Nisa do PS teve direito agora a mais um delegado, mas recebeu também a agradável surpresa de ter pelo menos mais um delegado nisense em representação, imagine-se, de uma concelhia dos Açores. Aqui e “lá fora”, os nisenses continuam atentos, e anseiam que o seu concelho lhes traga melhores dias. O PS em Nisa irá continuar a trabalhar, de forma adequada e sem precipitações, para que um dia, próximo se possível, consigamos transportar este concelho para o lugar que legitimamente merece.
Sem comentários:
Enviar um comentário