sábado

Que utilidade pode ter a Água do nosso Tejo?

Qualidade da água dos rios portugueses chumba 2008-10-01

Apenas 30 por cento dos resultados obtidos por um estudo sobre a qualidade da água nos rios de Portugal tem boa qualidade ou excelente. Dos resultados obtidos neste trabalho, divulgado pela Quercus no Dia Nacional da Água, 25 por cento revelaram má qualidade e 5 por cento muito má qualidade, enquanto que em 40 por cento a qualidade é razoável.
A Quercus recolheu as amostras, na semana passada, em vários pontos de 14 rios e ribeiras de norte a sul do País. «A água dos nossos rios tem apresentado, nos últimos anos, qualidade má ou muito má em mais de 30 por cento dos casos, o que revela a gravidade da situação e a urgência na implantação de medidas eficazes que eliminem os focos de poluição», salienta Hélder Spínola, presidente da associação ambientalista.
«A poluição da ribeira dos Milagres provocada pelos efluentes de suiniculturas, do rio Alviela devido às indústrias dos curtumes ou a do rio Ave pelos esgotos industriais e domésticos, são apenas alguns dos exemplos mais conhecidos que têm sido alvo de promessas e medidas por sucessivos governos sem que na prática se conseguisse resolver o problema», exemplifica.
O rio Tejo, a jusante da barragem de Cedilhe (Nisa), foi o pior resultado registado, com a classificação de água “muito má”. Não obstante, a montante da barragem a qualidade da água era “má”, tal como a do rio Ave (Vila do Conde), no Sado (Santa Margarida do Sado), na Ribeira Quarteira (Paderne) e no rio Mira (Odemira).
Os resultados obtidos pela Quercus neste estudo são corroborados pelos valores obtidos, em 2007, pelo Sistema Nacional de Informação de Recursos Hídricos. Estes revelaram que 36 por cento dos pontos monitorizados nos rios portugueses apresentaram água de qualidade má (20 por cento) ou muito má (16 por cento), 38 por cento com qualidade razoável e 26 por cento com qualidade boa (24 por cento) ou excelente (2 por cento).

Sem comentários: