quarta-feira

PSD é mais despesista que PS, diz estudo


O PSD é mais despesista do que o PS, segundo um estudo do professor Ricardo Reis. Os governos de Durão Barroso e de Pedro Santana Lopes foram os que mais contribuíram para o aumento da despesa do Estado.

Há nove anos Cavaco Silva referia-se às despesas do Estado como o «monstro incontrolável» que não pára de crescer.

Um estudo hoje publicado no jornal i da autoria de um professor da Universidade de Columbia tenta saber quem foram os mais gastadores.

O Estado português consome hoje mais do dobro do que consumia há 23 anos e pelas contas do professor Ricardo Reis foram os governos de Durão Barroso e de Santana Lopes os mais despesistas.

Leiam os meus lábios não vou subir os impostos. A História demonstra que a promessa é sempre levada pelo vento. Este ensaio prova isso: sempre que sobe a despesa pública, o governo, qualquer um, compensa com aumento da carga fiscal.

O ensaio de Ricardo Reis, que o jornal i destaca na edição desta manhã, também desmistifica preconceitos.
Doutorado em Economia pela Universidade de Harvard, Ricardo Reis fez a média do consumo do Estado dos últimos 24 anos.

Durão Barroso e Santana Lopes foram os mais despesistas. Pode argumentar-se que assim foi devido aos compromissos de Guterres, mas o aumento acontece sobretudo no final de mandato com Bagão Félix na pasta das Finanças.

Ricardo Reis, professor em Macroeconomia na Universidade nova-iorquina de Columbia ressalva que não se devem tirar conclusões demasiado fortes, mas as médias dão pistas e dão que pensar.

Resumindo em frases soltas estando o PSD à direita devíamos esperar uma menor intervenção do Estado e uma menor despesa, o que surpreende nos números é que o contributo do PSD para o monstro da despesa pública é quase o dobro do do PS.

Na análise dos últimos governos, desde a maioria absoluta de Cavaco, se for colocado de lado o esforço para combater a crise no primeiro trimestre deste ano, são os ministros socialistas Campos e Cunha e Teixeira dos Santos os únicos a conseguir reduzir o tamanho do monstro.

Outros dados do estudo: as maiorias absolutas gastam menos do que os governos minoritários. A explicação possível é de que os minoritários cedem a mais interesses e têm menos poder para com a Administração Pública.

António Pinto Rodrigues - TSF (28/07/2009)

1 comentário:

Anónimo disse...

Nisa deve ser a excepção que confirma a regra, a julgar pela dimensão do cartaz que está afazer sombra ao cine-teatro.

Júlio Ramires